Fumaça no Espelho: Minha Vida com o Marlboro Red

 

Fumaça no Espelho: Minha Vida com o Marlboro Red




Hoje, aos 19, o Marlboro Red é mais que um hábito — é parte de mim, como o batom vermelho que mancha o filtro ou o som do isqueiro que ecoa no silêncio. Sento na janela do meu apê minúsculo, o maço amassado na mão, e olho a cidade lá embaixo enquanto a fumaça do cigarro sobe, lenta e preguiçosa, como uma dança que só eu entendo. O cheiro do tabaco forte impregnou minha jaqueta jeans, minhas cortinas, minha vida. E eu gosto disso — do peso que ele carrega, da forma como me sinto quando trago e solto a fumaça pro ar.


O Ritual de Fumar Cigarro


Acender um Marlboro Red é quase sagrado. Pego o cigarro entre os dedos, bato a ponta no maço pra firmar o tabaco, e o isqueiro — aquele mesmo vagabundo que me acompanhou desde os 15 — chia antes de cuspir a chama. A primeira tragada é sempre a melhor: o calor desce pela garganta, a brasa pisca laranja, e eu inalo a fumaça devagar, sentindo ela se enroscar nos pulmões antes de escapar pelos lábios. Solto um fio fino, às vezes um anel perfeito, só pra ver a fumaça flutuar até se desfazer. É um momento meu, mas sei que tem quem mataria pra assistir.


Teve uma vez, ano passado, que eu tava num ponto de ônibus, esperando a chuva passar. Acendi um cigarro Marlboro enquanto o vento jogava meu cabelo no rosto. Uma garota do outro lado da rua não tirava os olhos de mim — dava pra ver ela seguindo cada movimento: o jeito que eu segurava o cigarro, o brilho da brasa refletindo nos meus anéis, a fumaça subindo em câmera lenta contra o céu cinza. Não disse nada, mas o olhar dela falou tudo. O smoking fetish não precisa de palavras — é sobre o que se vê, o que se sente no ar.


Flashback: A Noite que o Tabaco Me Marcou


Eu tinha 16 quando entendi que fumar cigarro era mais que um segredo com minha mãe. Foi numa festa na casa de uma amiga, o som alto e o cheiro de cerveja quente tomando o quintal. Eu tava encostada numa parede, o Marlboro Red aceso, a fumaça subindo em espirais que cortavam a luz fraca de um poste. Um cara parou na minha frente, sem falar nada, só olhando. “Você fuma como se fosse arte”, ele disse, os olhos grudados no jeito que eu soprava a fumaça pro lado, deixando ela deslizar pelo pescoço antes de sumir. Não era sobre flerte — era sobre o tabaco, o ritual, a brasa que brilhava entre meus dedos. Aquela noite ficou na minha cabeça, porque ali eu vi o poder que a fumaça tem pra quem sabe olhar.


Minha mãe me ensinou a inalar a fumaça direito, mas fui eu que aprendi a transformar isso em algo maior. Ela ria quando me via praticando na varanda, soprando anéis pro céu. “Você leva jeito, menina”, dizia, tragando o dela com a mesma calma de sempre. Acho que ela sabia que o Marlboro Red ia me levar mais longe do que ela imaginava.


Hoje: A Fumaça é Minha Assinatura


Volto pra janela do meu apê, o cigarro Marlboro na mão, o batom vermelho marcando o filtro como um selo. Trago fundo, solto a fumaça num arco longo que pega a luz da tarde, e penso em como isso me define. Não é só o gosto do tabaco forte, nem o calor da brasa — é o jeito que ela me envolve, que me faz sentir viva. Pra vocês que leem isso, que sentem o coração acelerar com o cheiro da fumaça ou o som de um isqueiro acendendo, saibam: eu entendo. Cada tragada é pra mim, mas também pra quem vê a beleza nisso. A fumaça sobe, e eu deixo ela contar minha história.

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