O Sopro da Madrugada: Meu Marlboro Red na Noite
O Sopro da Madrugada: Meu Marlboro Red na Noite
A noite é o melhor momento pro meu Marlboro Red. São 2 da manhã, o silêncio da cidade só cortado pelo ronco distante de um carro, e eu tô na varanda do meu apê, o maço vermelho e branco na mão, o isqueiro pronto pra chiar. O ar tá frio, mas o cigarro aceso aquece tudo — os dedos, a garganta, até a alma. A brasa brilha contra a escuridão, um ponto laranja que pulsa a cada tragada, e a fumaça do cigarro sobe em véus grossos, misturando-se à luz fraca da lua. Isso é mais que fumar; é um espetáculo pra quem sabe apreciar.
A Dança da Fumaça
Acender um Marlboro Red virou meu ritual de fechar o dia. Pego o cigarro, bato ele no maço com um toque firme — gosto do som seco que ele faz —, e o isqueiro ganha vida na segunda tentativa, como sempre. A primeira tragada é longa, quase um beijo no tabaco: a fumaça desce quente, enche meus pulmões, e eu inalo devagar, sentindo cada pedaço dela me tomar. Quando solto, é arte — um fio fino que serpenteia pro alto, às vezes um anel perfeito que flutua antes de se desfazer. O batom vermelho deixa sua marca no filtro, um detalhe que eu sei que vocês, que curtem o smoking fetish, adorariam ver de perto.
Teve um dia, semana passada, que eu tava assim, perdida na fumaça, e uma vizinha acendeu a luz da janela dela. Ela não disse nada, mas ficou lá, olhando. O brilho da brasa refletia no vidro, e eu soprei a fumaça pro lado, deixando ela deslizar pelo ar como uma cortina cinza. Ela não desviou o olhar — dava pra sentir que não era só curiosidade. O tabaco forte tem esse poder: ele prende, hipnotiza, faz o tempo parar pra quem tá do outro lado.
Quando o Marlboro Virou Meu Escudo
Nem sempre foi tão poético. Teve uma noite, meses atrás, que eu tava saindo de uma balada ruim — o tipo de lugar com luz neon demais e gente de menos. Tava chovendo fino, e eu parei num beco pra acender um cigarro Marlboro. O isqueiro tava úmido, mas eu insisti até a chama pegar. A primeira tragada me salvou — a fumaça subiu densa, misturando-se à chuva, e eu me encostei na parede, o capuz da jaqueta pingando. Um cara passou, desacelerou o passo, e ficou me encarando. Não falei nada, só soprei a fumaça na direção dele, lenta e provocadora, o suficiente pra ele seguir andando. O Marlboro Red não é só prazer; às vezes, é minha armadura.
Minha mãe me ensinou a inalar a fumaça como se fosse um segredo de família, mas eu aprendi a usar ela como arma. “Você tem presença, Lívia”, ela dizia, rindo, enquanto me via soprar anéis na varanda aos 16. Ela não imaginava que o tabaco ia me dar mais que calma — ia me dar controle.
A Noite é Minha, e a Fumaça Também
De volta à varanda, o cigarro aceso já tá pela metade. Trago mais uma vez, o calor da brasa quase tocando meus dedos, e solto a fumaça num arco longo que corta a noite. O cheiro de cigarro fica no ar, agarrado no meu cabelo, na minha pele, e eu amo isso. Pra vocês que sentem o pulso acelerar com o som do isqueiro, o brilho da brasa, ou o jeito que a fumaça sobe e some, esse momento é nosso. O Marlboro Red não é só um vício — é uma história que eu conto com cada sopro, e vocês são os que entendem o idioma dela. A madrugada segue, e eu acendo outro, só pra deixar a fumaça dançar mais um pouco.
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